Leonor. O nome estava escolhido há muito tempo, se um dia tivesse uma menina haveria de se chamar Leonor.
Foi a 14 de Setembro de 2013, logo de manhã, que soube que estava grávida. O teste positivo não deixou margem para dúvidas, um pequeno ser já crescia dentro de mim. Não o sentia mas sabia que estava lá.
Este bebé tinha sido planeado e muito desejado, era inevitável não partilhar a boa notícia com os futuros avós que também estavam em casa.
Não sei qual a primeira coisa que me passou pela cabeça mas sei que a minha vontade era abrir a janela e gritar ao mundo que íamos ter um bebé. Por precaução, ou medo, não sei bem, guardámos a boa nova durante 12 semanas. Aí inchámos o peito e dissémos aos amigos que iam ser tios de coração.
A partir do momento em que a notícia começou a chegar aos amigos, familiares e conhecidos começámos a ter consciência do que estava a acontecer. Íamos mesmo ter um bebé.
Ninguém nos prepara para o nascimento de um filho. Ninguém nos prepara para este amor e sobretudo para este medo. A partir do momento em que o teste dá positivo não mais há descanso. As preocupações de mãe (e de pai) começam nesse preciso momento. Será que está tudo bem com o bebé? Será que se está a formar bem e a crescer? Será que os órgãos pequeninos dele estão a desenvolver bem? Será normal mexer-se tanto? Será normal ter soluços na barriga? Isto são contracções? Mas como sei que é uma contracção? Ui, outra vez? Se calhar é mesmo uma contracção. Estas foram algumas das preocupações que tivémos ao longo das 39 semanas que a Leonor andou dentro da minha barriga.
Ninguém nos prepara para o nascimento de um filho, é todo um mundo novo.